quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Eleições 2010

Acabei de fazer essa mesma postagem no Pausa, mas vou postar aqui também, pois acho importante os brasileiros se importarem mais com seu país e exigirem ferramentas e liberdade de expressão para participarem ativamente do processo eleitoral.

Sei que a grande parte dos brasileiros não se interessa muito por política, mas acredito que o exemplo da preocupação e do engajamento dos norte-americanos com seus futuros governantes venha estimulando cada vez mais as pessoas do nosso país a se informarem mais a respeito dos políticos e a 'cobrar' mais propostas. Tudo isso, claro, de forma bem primitiva. Mas parece que está andando.

Um artigo muito interessante que saiu na Folha de São Paulo de hoje, de autoria de Fernando Rodrigues, abordava exatamente as eleições de 2010. Nele, o autor fala sobre a possível liberalização da internet para a livre expressão de opiniões acerca dos candidatos, e como ferramenta legal na arrecadação de fundos de campanha.

"O uso da internet produziu um efeito nunca antes visto em eleições presidenciais dos EUA. Milhões de jovens começaram a discutir política por meio das redes de relacionamento social." [F.R.]

Quem tem Twitter, com certeza já reparou na barra "Election 2008", com as palavras mais procuradas sobre a campanha e com links de notícias a respeito da concorrência presidencial.


Uma massa imensa de pessoas passou a doar para seus políticos favoritos nos EUA. Obama ultrapassou o número de 3 milhões de doadores, e sua campanha já arrecadou quase US$ 650 milhões. Lula, em 2006, recebeu dinheiro de apenas 1.634 doadores.

Não sei se a liberação total da internet em campanhas brasileiras daria mais transparência ao processo, mas acredito que seja uma forma de estimular as pessoas a opinarem sobre os políticos, a realizarem doações para seus candidatos e, com isso, serem estimuladas a cobrar medidas dos mesmos quando eleitos, afinal, elas contribuíram financeiramente para que aquilo acontecesse.

Lógico que sempre haverá as campanhas mais absurdas. Mas, sem preconceitos, por favor. Cada um se expressa como bem entender. Veja o obamista abaixo.



Espero, sinceramente, que vingue essa medida aqui no Brasil. Assim, quem sabe, em vez de esperarmos o futuro chegar, não vamos nós ao encontro dele =]

Não deixem de visitar o Pausa.

Beijocas.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

I'm back

Depois de meses sem postar (nem me atrevo mais mensurar quantos dias extamente não posto nada aqui), cá estou mais uma vez.

Tive muita vontade de escrever hoje. Principalmente após ficar quase 2 horas presa no trânsito de São Paulo, isso realmente me deixou 'revoltada'. A situação está cada vez mais caótica. A cada dia o trânsito da cidade bate um recorde; a cada dia são despejados nas ruas dezenas de automóveis.

Na madrugada de ontem para hoje, uma carreta tombou na Marginal Pinheiros, causando um trânsito de 181 quilômetros. Segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral, de 2005 a 2007, o tempo perdido em congestionamentos na cidade cresceu em média 15% ao ano. De janeiro a maio deste ano, o índice chegou a 18%, o que indica, na projeção para 2008, um aumento de 22%.

Essa piora vem na esteira de um boom de crédito fácil, que fez explodir as vendas de automóveis. No primeiro trimestre, bancos e financeiras empregaram R$ 120 bilhões no crédito para compra de veículos, pouco menos que o triplo do volume total de 2004 (R$ 42 bilhões). O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) emplaca por dia no município de São Paulo cerca de 800 veículos. Espero que com essa crise, esse número caia drasticamente.

Na mesma pesquisa, a fundação tinha previsto que São Paulo atingiria o estágio de colapso, de paralisia quase literal, em fins de 2012 ou janeiro de 2013. Agora, com os dados assustadores do início do ano em mãos, a fundação antecipou a previsão. Se nada for feito, São Paulo vai parar em fins de 2011.

É tempo, é saúde, é sono, é trabalho, é diversão, é descanso, é qualidade de vida, é VIDA que se perde no trânsito. O trânsito de São Paulo está cada vez pior, e TEMOS que admitir isso. Por favor, não me olhem com olhos tortos quando digo que pretendo sair da cidade. Acho que "o bom de viver, é estar vivo", como diz Hebert Vianna. E o trânsito paulistano nos mata um pouquinho a cada dia...