Publicidade Filantrópica

É comum ouvir as pessoas dizerem que a Publicidade é má, propulsora do consumismo, e que engana pessoas inocentes e desavisadas ao redor do mundo. Bom, a função da Publicidade é comunicar, divulgar algum produto e serviço e, consequentemente, causar uma mudança de comportamento, mas a questão que vou propor hoje não será essa.

Às vezes, somos impactados por anúncios bacanas e de grande valor para a socidade e que merecem ser citados, elogiados e considerados.

A Prolam Y&R do Chile lançou, recentemente, uma campanha de alerta para o Aquecimento Global para a Columbia, com a mensagem "O ar que resfria a sua casa aquece o mundo". É fácil atribuir a culpa aos grandes emissores de gases. O difícil é admitir nossa culpa no processo de aquecimento Global.



Nos EUA, cartazes da Latinworks trazem como "modelos" brinquedos e personagens infantis para alertar sobre os riscos e efeitos da obesidade.



A boneca Barbie chama a atenção por ser considerada modelo de beleza, e os brinquedos Lego, por terem sempre o mesmo padrão e tamanho (eles sempre são iguais, não importando a edição).



Aqui no Brasil, também temos 2 exemplos bem interessantes. Um deles é o comercial para a Abrale, feito pela MPM, como forma de apoio às pessoas com câncer que, muitas vezes, não tem expectativa de melhora e se curam definitivamente da doença.



O outro, um comercial do Greenpeace alertando para os males que causamos hoje ao mundo.



Para mim, que sou quase uma publicitária formada, é muito gratificante ver a Publicidade sendo empregada para um bem maior que ganancia, vendas e lucros. As agências que fizeram os anúncios ou as empresas por trás dessas ações podem ter tido uma intenção "green wash". O motivo financeiro ou tributário que as levaram a isso não me importa.

O que interessa aí é a mensagem transmitida, e o impacto positivo que causará se a mesma cumprir sua função de informar, divulgar e transformar o comportamento das pessoas.